quarta-feira, 25 de maio de 2011

O oceano


Rola, Oceano profundo e azul sombrio, rola!
Caminham dez mil frotas sobre ti, em vão;
ola
na praia o seu domínio. Na úmida extensão
de ruínas o homem marca a terra, mas se e
v só tu causas naufrágios; não, da destruição feita pelo homem sombra alguma se mantém,
sem túmulo, desconhecido.
o passo

D
exceto se, gota de chuva, ele também se afunda a borbulhar com seu gemido, sem féretro,
do há traços em teus caminhos, nem são presa teus campos. Ergues-te e o sacodes de ti; desprezas os poderes tão mesquinhos
scarninhos
rumo a seus deuses - nos quais
que usa para assolar a terra, já que podes de teu seio atirá-lo aos céus; assim o lanças tremendo uivando em teus borrifos
efirma as esperanças de achar um portou angra próxima, talvez - e o devolves á terra: - jaza aí, de vez. Os armamentos que fulminam as muralhas
de barro a se apontar
como Senhor do Oce
das cidades de pedra - e tremem as nações ante eles, como os reis em suas capitais - , os leviatãs de roble, cujas proporções levam o seu criado
rano e árbitro das batalhas, fundem-se todos nessas ondas tão fatais para a orgulhosa Armada ou para Trafalgar. Tuas bordas são reinos, mas o tempo os traga:
praias rudes ou escravas;
reinos secaram-se em d
Grécia, Roma, Catargo, Assíria, onde é que estão? Quando outrora eram livres tu as devastavas, e tiranos copiaram-te, a partir de então; manda o estrangeiro e
mesertos, nesse espaço, mas tu não mudas, salvo no florear da vaga; em tua fronte azul o tempo não põe traço; como és agora, viu-te a aurora da criação. Tu, espelho glorioso, onde no temporal
trono do Invisível;
os monstros do
reflete sua imagem Deus onipotente; calmo ou convulso, quando há brisa ou vendaval, quer a gelar o polo, quer em cima ardente a ondear sombrio, - tu és sublime e sem final, cópia da eternidade
,s abismos nascem do teu lodo; insondável, sozinho avanças, és terrível. Amei-te, Oceano! Em meus folguedos juvenis ir levado em teu peito, como tua espuma, era um prazer; desde meus tempos infantis
u confiava
e, como agora, a tua juba eu a
divertir-me com as ondas dava-me alegria; quando, porém, ao refrescar-se o mar, alguma de tuas vagas de causar pavor se erguia, sendo eu teu filho esse pavor me seduzia e era agradável: nessas ondas
elisava.

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